A crise que vivemos, atualmente, tem por base uma conceção antropocêntrica da vida, que favorece uma visão utilitarista do ser humano enquanto insaciável, sem limites e independente. Esta conceção potencia o esquecimento dos nossos limites e da nossa ecodependência (entre pessoas e com a natureza), e tende a gerar um esgotamento dos recursos, colocando em causa a nossa sobrevivência enquanto espécie. Necessitamos, por isso, de recuperar uma visão da vida que nos devolva um olhar integrado, agradecido e esperançoso sobre o futuro: é aqui que a Ecologia Integral se torna urgente.

O Papa Francisco, na carta encíclica Laudato Sí – Sobre o Cuidado da Casa Comum, explica-nos o que é a Ecologia Integral e relembra-nos que tudo está interligado e é interdependente e que as dimensões humana, social, cultural, económica e ambiental da vida e das crises que vivemos não estão separadas. 

A Ecologia Integral assume que a dignidade de cada pessoa apenas se expressa numa lógica de relação com as outras pessoas e com o mundo. Relação essa que não é de domínio, imposição ou competição, mas que assenta antes numa ética do cuidado e na cooperação e reciprocidade. Cuidado assumido por todas as pessoas, de todas as gerações, independentemente do género, classe, etnia. Esta visão  desafia-nos a, de forma colaborativa e abrangente, convertermos as relações que estabelecemos com o nosso Planeta e com o resto da Humanidade.

 

Nos processos educativos que leva a cabo, a FGS assume como seu papel a promoção de novas formas de entender as relações com as pessoas e com o mundo. A partir desta perspetiva de Ecologia Integral, pretende ajudar a formar pessoas comprometidas com o cuidado da casa comum e com a transformação das relações injustas que o ameaçam.

Este vídeo integra o recurso pedagógico “Caderno de Viagem – Itinerários pedagógicos para educar para a Ecologia Integral pela Cidadania Global”. Aceda AQUI.

Cuaderno “Hacia una Ecologia Integral”
Cristianisme e Justicia

Esta animação é baseada nos ensinamentos da encíclica ‘Laudato Sí’, do Papa Francisco. Aceda AQUI.