Com mais um ano letivo de trabalho a começar, o projeto“EDxperimentar – Laboratórios de Cidadania Global & Desenvolvimento em meio escolar” , vem partilhar consigo um dos exemplos de trabalho colaborativo que levamos a cabo, no ano passado, com uma turma de 6º ano do Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra no Lumiar.
O laboratório pedagógico, “Liberdade e Participação Democrática – Os valores de Abril pelo nosso olhar”, juntou uma equipa de 3 membros do departamento de Cidadania Global e Desenvolvimento da FGS com dois docentes – o Prof. José Ribeiro e a Prof.ª Natália Ceriz. A partir das disciplinas de Educação Visual (EV), Educação Tecnológica (ET) e História, pensou-se num processo com diversas atividades que pudesse ser integrado no projeto de autonomia e flexibilidade curricular da turma e que seria uma forma de celebração dos 50 anos do 25 de abril.
Este laboratório realizou-se entre março e junho, tendo como tema principal a participação democrática e a liberdade. Através de metodologias ativas e de educação não-formal o tema foi lançado numa sessão inicial com jogos. Em História, criou-se uma linha de tempo da Liberdade a partir dos conhecimentos e visões que as crianças tinham. Realizou-se ainda uma visita de estudo “À Lisboa de abril” a partir do peddy paper proposto pelo Museu do Aljube. Nas disciplinas de EV e ET foi dinamizado um concurso, aberto às restantes turmas de 6º ano, onde foram criados mais de 160 cartazes sobre os valores de abril e que resultaram numa exposição final intitulada “Os valores de Abril pelo nosso olhar”. Este concurso premiou os 3 melhores trabalhos e a exposição foi montada na Galeria Liminare, pertencente à Junta de Freguesia do Lumiar. Esteve patente ao público durante 15 dias, entre 7 e 22 de junho e integrou a agenda das celebrações dos 50 anos do 25 de abril.
Foi um processo de colaboração que nos permitiu aprofundar as diferentes perceções que as crianças pré-adolescentes têm do 25 de abril e da sua Liberdade. Através da exposição criada e que esteve patente numa galeria pública, aberta às famílias e restante comunidade, pudemos também compreender como estes processos permitem, não só, valorizar as aprendizagens das crianças, mas também o próprio trabalho do corpo docente. Iniciativas que levam a escola até à comunidade, ajudam na construção de uma abordagem de escola integral ou abordagem whole-school. Esta permite-nos pensar e criar uma escola, também ela, construtora de democracia e de liberdade.
Agradecemos ao 6ºF a possibilidade de aprendermos colaborativamente o que é a Liberdade. O trabalho feito convosco inspira-nos a recomeçar mais um ano.
Eva de Jesus e Sara Borges
(Equipa EDxperimentar FGS)