Campanha Ajudar o Líbano prossegue até ao dia 20 e donativos podem ser doados através do Ponto SJ. Vão ser aplicados no terreno através de programa de emergência alimentar e de reconstrução de casas das famílias mais fragilizadas de Beirute.
A Campanha “Ajudar o Líbano” já angariou 22.844 euros. Os donativos angariados pela Província Portuguesa da Companhia de Jesus, através do Ponto SJ, serão enviados no final do mês para a Rede Xavier, que os aplicará localmente em Beirute, no apoio às populações mais atingidas e na reconstrução das obras e comunidades dos jesuítas que ficaram danificadas pelas explosões.
A recolha de donativos decorrerá até ao dia 20 de setembro e faz-se na página Ajudar o Líbano.
Há dois destinos específicos para o dinheiro que está a ser doado. Por um lado, irá reforçar o apoio à emergência que foi posto de imediato em curso pelo JRS- Líbano (Serviço Jesuíta aos Refugiados), e que se traduz num programa de apoio alimentar e num projeto de apoio à reconstrução de casas que foram destruídas pelas explosões. Os destinatários são pessoas que já estavam a ser fortemente atingidas pela crise económica e social que o Líbano atravessava, ou seja, libaneses em situação de fragilidade, deslocados sírios e trabalhadores migrantes das Filipinas, Etiópia e Sri Lanka. Será apoiada a reconstrução total ou parcial de cerca de 80 casas, num projeto que se se prevê ter a duração de seis meses.
Noutra vertente, a verba será alocada à reconstrução de estruturas da Companhia de Jesus na cidade, atingidas pelas explosões, entre as quais se incluem um hospital, igrejas, uma escola e os edifícios das várias comunidades de jesuítas que residem na cidade.
Os donativos serão confiados à Rede Xavier – uma plataforma internacional de organizações da Companhia de Jesus – através da Fundação Gonçalo da Silveira, ONG da Província Portuguesa que integra esta rede. Nesta campanha específica de apoio ao Líbano juntou-se também o JRS Roma/Internacional e o JRS Estados Unidos.
No terreno, o P. Rui Fernandes, sj diz ao Ponto SJ que as explosões vieram agravar ainda mais a crise financeira, política e sanitária (devido à pandemia) que se vivia no país. Passadas algumas semanas do incidente, sente-se agora, entre a população, um sentimento de grande inoperância por parte do Estado, o que vai gerando nas pessoas uma certa desilusão e deceção com o projeto do país.
Fonte: artigo original do Ponto SJ aqui.