Estamos num momento importante do ano, a que os cristãos chamam Advento, mas que toca toda a Humanidade porque ninguém fica indiferente ao aproximar do Natal.
A forma como celebramos o dia 24 de dezembro varia muito. Para uns será uma noite branca coberta de neve na floresta ou na cidade, enquanto para outros será um entardecer quente embalado pelo pôr-do-sol e pelo verde esmeralda dos mares do Sul. Para uns será a Consoada em família com mesa abundante de alegria e comida, para outros será a solidão de uma sala de jantar vazia ou de um prato vazio. Para uns será a celebração de mais um filho ou neto, para outros será a saudade de quem já partiu. Para uns serão declarações de amor “até que a morte nos separe”, para outros será mais uma noite de medo e ameaças. Para uns tocarão os sinos das igrejas, para outros as explosões da guerra. Para uns será o aconchego do lar, para outros um hospital, uma prisão ou a rua…
Somos, pois, chamados a olhar para o Mundo com um olhar diferente. Não com o nosso olhar, mas com o olhar daqueles que vivem nas margens, dos que sofrem a pobreza material e espiritual, dos que a sociedade e os atuais sistemas socioeconómicos descartam, dos que buscam novas oportunidades de vida e esbarram frequentemente com muros de betão e arame farpado ou se afogam nas águas da indiferença, daqueles por quem ninguém chora, reza ou cuida…
Sem distinção de sexo, raça, idade, religião, orientação sexual, opções políticas ou outras, o apelo toca a todos nós! É urgente escutarmos o grito dos que suplicam por uma profunda transformação e justiça social. É urgente escutarmos o grito do planeta que se exaure pela cegueira dos homens.
É também este o propósito e o que move a equipa da Fundação Gonçalo da Silveira. À nossa escala, com os nossos recursos e fragilidades, mas com uma vontade firme de sermos agentes de mudança, é isso que procuramos fazer no dia-a-dia. Para tal, é também fundamental o seu contributo. Sem os meios financeiros necessários, a nossa ação é mais limitada. Se partilha das nossas preocupações, poderá fazer um donativo para a FGS e, desta forma, contribuir para que continuemos a desenvolver projetos que promovem a Justiça, a Igualdade e uma vontade firme de Transformação e Justiça Social em Portugal e no Mundo.
Nota Biográfica Diogo Alarcao:
Sou casado e tenho dois filhos. Gosto muito de ler, ouvir música e fazer jardinagem. Procuro ter atividade desportiva diária e gosto de correr. Estar com amigos e fazer mentoria a pessoas bastante mais novas do que eu, mas também a pessoas da minha geração, fazem parte das minhas rotinas semanais
Sou Membro da Direção da Fundação Gonçalo da Silveira e da Direção da ACEGE onde também coordeno o Programa Semáforo. Adoro escrever sobre temas relacionados com a liderança, gestão e pessoas publicando com regularidade na revista Human Resources Portugal e no LinkToLeaders.
Integrei em 2021 um grupo de teatro amador.