No seguimento da catástrofe que aconteceu no Brumadinho, Brasil, a organização jesuíta “Justice in Mining”, emitiu um comunicado associando-se às tomadas de posição da Rede Igrejas e Mineração que tem denunciado as práticas da Vale S.A., uma empresa de exploração mineira (veja-se o press release https://justiceinminingcom.files.wordpress.com/2019/01/nota-iym-brumadinho-def-port.pdf )
De acordo com esta Rede “a empresa Vale S.A., junto à BHP Billiton, é responsável por 19 mortes e pela contaminação da bacia do Rio Doce, em 05 de novembro de 2015. A repetição do mesmo acidente, três anos depois, com um rastro de mortes e destruição bem mais grave, é a confirmação de sua incapacidade de gestão e prevenção dos danos, de descaso e de conduta criminal. Esta responsabilidade envolve também o Estado, que licencia os projetos extrativos e deveria monitorá-los para garantir a segurança e a vida digna das comunidades e do meio ambiente. A responsabilidade do Estado é dupla, porque a impunidade e a falta de reparações completas e suficientes para as vítimas do crime de Mariana foi uma das condições principais que permitiram o novo crime de Brumadinho”. Passados 3 anos as vítimas de Mariana ainda esperam justiça, lembra a Rede.
Sobre este tema, a rede de organizações católicas CIDSE recorda que a declaração final do Fórum Social Temático (Joanesburgo, África do Sul, Novembro 2018), que reuniu participantes de todo o mundo, denunciou a economia extrativista assente num modelo destrutivo dos recursos e das populações.
A CIDSE, à luz dos últimos eventos em Brumadinho e das incontáveis violações dos direitos humanos perpetradas ao longo dos anos pelo setor mineiro, apoia fortemente práticas alternativas ao extrativismo que respeitem as pessoas e a natureza (leia-se a este propósito o artigo publicado no site desta organização: https://www.cidse.org/newsroom/brazil-mine-waste-dam-collapse-the-announced-tragedy-of-brumadinho-reveals-the-cracks-of-a-dangerous-extractivist-model.html)