A Organização internacional do Trabalho (OIT) divulgou o Relatório “Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo”, no qual detalha os indicadores do mercado laboral relevantes para a prosperidade e bem-estar humanos.
Segundo o relatório, em 2018, a população global em idade activa – que inclui mulheres e homens com 15 ou mais anos – era de 5,5 mil milhões. Destes, 3,3 mil milhões, ou 58,4%, estavam empregados, e 172 milhões não estavam. Os dois grupos considerados em conjunto constituem a actual força laboral global, com os remanescentes 2,2 mil milhões de pessoas (38,6%) em idade activa a manterem-se fora do mercado, incluindo os que se encontram a estudar, os que estão em situação de trabalho não remunerado (trabalho doméstico e cuidados com outros) e os que já estão reformados. E, dentro deste grupo, 140 milhões encontravam-se na “força laboral potencial”, ou seja, os que estão disponíveis para trabalhar mas não estão à procura de o fazer ou aqueles que estão à procura de trabalho mas não em condições de o retomar.
Estar empregado, porém, nem sempre garante uma vida decente e digna. Cerca de 360 milhões de pessoas – ou 11% da população empregada – são trabalhadores que contribuem monetariamente para os seus agregados mas que não gozam de acesso a protecção social nem de segurança nos rendimentos.
De acordo com a OIT, uma proporção elevada da população activa global está em risco de pobreza, sendo que o emprego nestes casos se traduz apenas numa situação em que tentam suprir as suas necessidades mais básicas em conjunto com as das suas famílias. Muitos trabalhadores vêem-se assim obrigados a aceitar empregos vulneráveis, em particular na economia informal, a qual está particularmente associada a salários baixos e à escassez ou total ausência de protecção social ou direitos laborais.
A propósito deste tema recordamos que a FGS produziu um Recurso Educativo sobre o tema do trabalho para o 3.º ciclo e secundário.