A Rita Carvalho escreveu, no Ponto SJ, um artigo sobre a situação em Moçambique e o trabalho da Fundação Gonçalo da Silveira no terreno.
Neste artigo, a Sandra Fernandes, técnica da FGS, foi entrevistada e explicou que, nos 15 dias em que esteve no terreno, teve também oportunidade de visitar as comunidades de Nhangau (nomeadamente Nhangulo, Nhambira, Tsími e Nhanduvo), com quem a FGS tem trabalhado nos últimos anos. “Foi possível perceber a fragilidade das comunidades, não só urbanas, como também rurais, no que se refere a condições de habitabilidade, uma vez que a maioria das casas se encontra sem telhado. O acesso à alimentação constitui também uma preocupação, embora nas zonas rurais já tenha sido possível verificar que as comunidades começaram a cultivar a terra e esperam poder colher os resultados dessas mesmas culturas dentro de três meses.”
Outro aspecto a salientar desta visita à Beira, nomeadamente às comunidades rurais, tem que ver com a sua capacidade de resiliência, afirmou Sandra Fernandes, acrescentando: “Foi muito significativo poder observar a importância do trabalho conjunto, colaborativo e comunitário na resposta às dificuldades geradas com a passagem do ciclone Idai. Apenas dois meses passados, as comunidades reconstruíram, com os recursos naturais à sua disposição, algumas das infraestruturas existentes anteriormente, como casas e espaços comunitários.”